quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A Educação e as táticas de ensino PCN e BNCC


   Durante um longo período, a educação era destinada somente aos nobres e ricos. Era um privilégio da classe mais alta ler e escrever o que impossibilitava que um adulto de classe baixa não soubesse nem mesmo escrever o próprio nome. O clero, também possuía o direito a educação. O conhecimento era um exemplo de ensinamentos dos mais velhos aos mais jovens. Ou seja, era a experiência funcionando de repetidos anos para que o povo alcançasse o entendimento sobre algo. Um grande exemplo disso, é na catequese dos índios. Podemos notar que eles aprendiam somente sobre a igreja e sobre o que seria a divindade cristã, mas nunca sobre o verdadeiro conhecimento da ciência. Essa era a educação destinada ao povo mais pobre e carente.
    Atualmente, a educação caminha a passos largos e muitas são as formas de aprendizagem. Sejam elas em livros, vídeos ou em sala de aula e etc; Irei fazer então uma conexão entre as bases educacionais em seus retrospectivos períodos.
   Na Revolução Industrial, o que sabemos é que para se ter um trabalho mais qualificado, é necessário ter um conhecimento mais elevado e amplo sobre o que está sendo feito. Nesse período, por exemplo, os pobres tiveram acesso a educação para aprimorar a mão de obra. mas que fique claro que não era uma educação justa ou de qualidade. Era algo muito superficial somente para melhorar na produção e não para a melhoria do ser socialmente falando. Era necessário somente formar uma pessoa para um ofício e nada mais. Com o aumento da necessidade de formandos em determinas áreas, os ensinos em casa, passaram então para as primeiras escolas técnicas.
    Segundo Bourdieu e Passeron, ainda após a industrialização, era a escola quem tinha a tarefa de fazer a manutenção do contexto estabelecido. Em sua obra "A Reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino", eles mostram que o sistema moderno era como uma ferramenta de manutenção dos paradigmas sociais que estavam estabelecidos naquela época. É como se fosse uma moeda de troca. Aqueles dispostos a se entregar ao sistema, eram moldados e cuidados, mas os que não se submetem e não conseguem uma adaptação a esse meio, são excluídos sem esses cuidados. Para eles, o processo educativo tem fundamentos na ação pedagógica. Seria como se as instituições de ensino, através desse fundamento, subjulgaria a individualidade do sujeito o fazendo se posicionar na sociedade já com as noções que foram preestabelecidas pelo pensamento dominante.
     Na Educação para além da formação de mão de obra, fugiria das escolas técnicas e da formação especializada, indo além na qual romperia com as ideias dos autores citados, Bourdieu e Passeron. O novo sujeito aprenderia a manusear as novas tecnologias mas também concilie as diferenças que é necessário conviver. O novo cidadão, é apto de entender a realidade na qual vive e ser ativo podendo escolher diversas formas de ensino e aprendizagem. É fácil lermos a história da realidade passada e observarmos que temos a nossa volta. de fato, temos um leque educacional muito amplo. Podemos escolher entre ser uma pessoa com um teor educacional mais elevado, mas também podemos decidir até onde vamos colher o proveito de tudo o que já foi conquistado. Acredito que, as leis das sociedades são regidas conforme o que ela mesma precisa e raramente sobre o que melhor para todos. podemos entender que desde o início só houveram mudanças pela necessidade de uma educação mais evoluída e não somente por precisarmos individualmente de uma capacitação melhor. 
     Diante das informações aqui contidas acerca da educação e a sua evolução, vou registrar dois parâmetros importantes. O primeiro na qual trago os informes é, Os Parâmetros Curriculares Nacionais, que de forma resumida seria PCN. É um material que compõe uma coleção de documentos compondo a grade curricular de uma instituição educativa. Toda escola segue esses parâmetros para nortear os profissionais de educação e ajudando nas atividades em sala de aula. Obviamente que cada instituição monta o seu PPP, Projeto Político Pedagógico. Pois cada região possui uma demanda diferente de ensino. O PCN, é geral. Para que todas essas instituições possam usar e ter essa orientação, mas ainda assim pode seguir um projeto diferente desde que de acordo com esses parâmetros.
     O documento defende, que os educadores precisam encaminhar os alunos rumo a aprendizagem e não somente de uma forma direta, mas analisando cada um dos contextos que podem ser trabalhados em sala de aula. Não se deve apenas transmitir conhecimentos, como foi citado no início desse texto sobre as escolas técnicas, aqui os alunos também conseguir pensar e não somente receber uma informação pronta e fixa. É necessário que se estabeleça um acordo entre educadores, coordenadores, direção, psicopedagogia, psicóloga, assistente social e dentre muitos outros funcionários de educação que se tenham na instituição. Ou seja, é necessário manter reuniões para que se alcance um progresso de ensino aprendizagem. Nessas reuniões, é importante falar sobre os métodos de ensino, princípios e os objetivos que a escola busca. Outro fator importante é que as escolas precisam ter responsabilidade social. Criar uma prática docente, diante dos ocorridos. Essas práticas podem ser passadas sejam com leitura, interpretação de textos, estudo e pesquisa. Também existem outras táticas que podem e devem ser trabalhadas. Os PCN são divididos em seis volumes como as disciplinas em questão, matemática, português, ciências naturais, história, geografia, arte e educação física, como também os temas transversais que ficam com os outros 3 volumes, 3 volumes destinados as disciplinas e mais 3 destinados aos temas transversais. Como transversais, citam a justificativa de transversais, abordagem da ética, tratar a pluralidade cultural e a orientação sexual, meio ambiente e saúde. Todos os professores tem acesso a esse material acessando o portal do MEC.
      O PCN um material que auxilia o corpo docente a ter um amparo maior de ensino nas escolas.
Na BNCC, Base Nacional Curricular, a educação no Brasil passa a ter uma concepção diferente de educação. Todas as dimensões do conhecimento humano serão trabalhadas. Sejam eles cognitivo, acadêmica, intelectual, desenvolvimento físico, cultural e emocional. A ideia é que os currículos tenham como foco, conhecimentos como habilidades e atitudes e não saber apenas sobre os conteúdos. Trabalhar nos alunos a habilidade de aplicar esses conhecimentos e preparar esses alunos para a vida no século XXI. Essas competências gerais estão conectadas com o mundo contemporâneo. Não adianta somente ler e escrever, pois é necessários, escutar, explorar as ideias e repassa-las com clareza. Não adianta ensinar matemática se o aluno não sabe resolver os problemas pessoais. não é uma aula com uma nova disciplina, mas são competências que devem ser trabalhas em sala de aula a cada disciplina trabalhada. São 10 competências, em resumo:
1. Conhecimentos. Desenvolver os conhecimentos do mundo físico, digital, matemático.
2. Pensamento científico e o ser capaz de pensar cientificamente. Pensamento crítico e de argumentação e pensamento criativo
3. Repertório cultural criando oportunidades de bens culturais, arte música, exposições.
4. A capacidade de comunicação. Escutar e compreender o que o outro diz.
5. Desenvolvimento da cultura digital ou seja, os alunos pode desenvolver conhecimento sobre as ferramentas tecnológicas de maneira ética.
6. A capacidade de argumentação. Dar opinião com evidências e fundamentos necessários. Com a preocupação de ser uma opinião respeitosa e propositiva.
7.  A importância dos estudantes dirigirem a própria vida, desenvolvendo sonhos e se preparando para as realizações de seus objetivos.
8. A de caráter mais íntimo que é a de autoconhecimento. Saber gerir o que julga correto para si.
9. Desenvolvimento social na qual pode ser agente de transformação da realidade em que vive.
10. Desenvolvimento da autonomia. a capacidade de desenvolver ao longo da educação básica para que o aluno desenvolva a determinação para expor todo o potencial que ele trás.
     Essas competências conectam-se como habilidades próprias do aluno, sem uma especificação de uma grade curricular específica. São capacidades que os professores podem transmitir aos alunos no tipo de tática pedagógica entre relação professor e aluno e também da direção com os alunos. É uma comunicação que ao longo do processo fomentam a vontade dos alunos de alcançarem seus objetivos dentro de cada personalidade individual sem que se estabeleça um padrão geral.
     Tanto a PCN como a BNCC trabalham para o desenvolvimento dos alunos dentro de uma determinada instituição. O que vale diferenciar é que uma, PCN, vai trabalhar diretamente na instituição como órgão, criando e melhorando as táticas de ensino e a outra, BCNN, é uma tática de ensino que funciona de forma naturalmente na qual os alunos desenvolvem uma melhoria como ser humano. No meu município, Maranguape, por exemplo, os professores trabalham como orientadores sem a necessidade de um psicólogo na escola. Então é muito importante que exista uma parceria entre o professor o aluno para que eles consigam influenciar na vida um do outro de forma produtiva. Se trabalhadas a BNCC aqui, o que vamos obter são seres humanos adultos e aptos para fazer com que o mundo seja um lugar melhor dentro de todas as diferenças existentes. Também teremos profissionais melhores, pois com a PCN, teremos alunos capacitados e com a BCNN teremos seres humanos prontos para os desafios da vida.

                                                      Referências
Rodriges. Lucas de Oliveira. Mundo Educação - Educação. Disponível em <  https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/ > Acesso em 13 de dez. de 2018.
Brasil Escola. PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em <  https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/pcnparametros-curriculares-nacionais.htm > Acesso em 13 de dez. de 2018.
Base Nacional Comum Curricular. A Base. Disponível em < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base >. Acesso em 13 de dez. de 2018.
Ambos os sites não disponibilizaram o ano de publicação.